A
Justiça de Cambé suspendeu a retomada das atividades da CPI da Câmara de Cambé.
Em decisão liminar, a 1a. Vara Cível de
Cambé determinou a suspensão da CPI no.01/2011 da Câmara de Cambé que foi
criada para investigar “possíveis irregularidades na contratação do
Instituto Atlântico pelo Município de Cambé”, mas que não teve, desde o
início, nenhum fato determinado a ser investigado, como, aliás, exige a Lei
Orgânica do Município.
A
decisão judicial foi tomada em resposta à tentiva da Câmara de Vereadores em
retomar os trabalhos da CPI. “Entendemos que a CPI cumpriu seu rito, seus
prazos e foi extinta com a entrega do relatório”, diz o advogado Frederico
Reis, que representa o Instituto Atlântico em ação contra a CPI.
O
advogado inclusive lembra que o próprio presidente da Câmara, Conrado
Scheller, atestou que a CPI estava
extinta em resposta a pedido de informações assinado pelo também vereador
Junior Félix. “Em atenção ao documento protocolado nesta Casa de Leis...
....cumpre a esta presidência informar Vossa Senhoria (sic) que a Comissão
Parlamentar de Inquérito conclui seus trabalhos, apresentando relatório final
exatamente no dia 28 de setembro de 2011. Desta feita, a Comissão Parlamentar
de Inquérito no. 01/2011 foi extinta em razão da conclusão dos seus trabalhos”,
escreve Conrado Scheller em ofício datado de 03 de outubro de 2011.
Uma
vez extinta a CPI, como atesta o presidente da Câmara, ela não pode
simplesmente reiniciar seus trabalhos, como anunciou o vereador Cecílio Araújo (PT), que presidiu a CPI e foi o responsável direto por
todo o cerceamento ao direito de defesa dos investigados, como aliás, o próprio
Cecílio já admitiu indiretamente em nota pública. Por outro lado, é importante
lembrar que a Justiça já reconheceu os abusos de poder e o cerceamento ao amplo
direito de defesa dos investigados em mais de uma oportunidade, inclusive anulando definitivamente o
Relatório da CPI e proibindo seu uso e ainda que ele produzisse efeitos
jurídicos.
Desobedecendo
decisão judicial -
A tentativa de retomada dos trabalhos da CPI do Atlântico foi anunciada
primeiramente pelo vereador Cecílio Araújo através de entrevista ao jornal
Nossa Cidade, editado pelo assessor de imprensa da Câmara, Walter Ricieri. Na
mesma semana, a Câmara de Vereadores publicou matéria no mesmo sentido em seu
jornal institucional, intitulado ‘Câmara
Atividade’, que é assinado pela mesa diretora, composta pelo presidente Conrado
Scheller, vice-presidente Alzira Guedes de Oliveira, secretário Cecílio Araújo
e segundo secretário Mario dos Santos. Além da matéria informando da “retomada
das atividades da CPI”, o referido jornal também publicou uma página inteira
com informações copiladas do relatório da CPI, que, por decisão judicial está
nulo e não pode ser usado. “Este fato é extremamente grave, pois a mesa
diretora da Câmara faz uso
deliberadamente de um documento já declarado nulo pela Justiça, com intuito de
confundir a população e imputar fatos caluniosos à administração às vésperas de
um pleito eleitoral”, diz o secretário de Governo da Prefeitura de Cambé, Luiz
Cesar Lazari (que também é editor deste jornal).
O
mesmo entendimento tem Frederico Reis, advogado do Instituto Atlântico. “Vamos
pedir a responsabilização da mesa diretora da Câmara, em especial do seu
presidente, por utilizar um documento já anulado por decisão judicial,
produzido de forma arbritrária e que contém um amontoado de inverdades”, diz
Frederico Reis.
Serviço: Conheça a verdade sobre a CPI
da Câmara de Cambé no Blog do Luiz Cesar: www.blogluizcesar.blogspot.com.br/p/cpi-da-camara-de-cambe-conheca-verdade.html.
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