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sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Próteses defeituosas foram vendidas em Londrina e Cambé

Do Noticianahora:

A Anvisa publicou no Diário Oficial da União de segunda-feira (2) o cancelamento do registro das próteses mamárias Poly Implants Protheses (PIP). Nos últimos quatro anos, houve um aumento da taxa de ruptura dos implantes fabricados pela empresa francesa. A Anvisa também determinou o recolhimento das próteses que ainda estão sob a guarda do importador brasileiro.

No Paraná, a Secretaria Estadual da Saúde obteve junto a Anvisa um documento identificando 47 pontos de aquisição do produto no Estado, incluindo estabelecimentos, profissionais de saúde e representantes de vendas.

De acordo com assessoria de imprensa da Secretaria da Saúde, dados preliminares indicam que cerca de 2.084 próteses foram comercializadas em sete cidades do Estado. Em Londrina, foram vendidas 459 e em Cambé 12.

Curitiba foi onde o produto defeituso foi mais vendido. Foram feitos 1.507 implantes na capital paranaense. Além disso, as próteses foram adquiridas em Maringá, Guarapuava, Jandaia do Sul e Umuarama.

Na semana passada, técnicos da Anvisa realizaram fiscalização na empresa EMI Importação e Distribuição LTDA, importadora do implante mamário fabricado pela PIP. A fiscalização foi realizada no endereço da empresa, em Almirante Tamandaré. Na ocasião, na chegada dos técnicos a empresa estava fechada. Descobriu-se então que o imóvel era locado e, segundo o proprietário, a empresa estava em férias coletivas. Na sequência, a equipe também se dirigiu a uma suposta filial, em Curitiba, que também estava fechada. Ontem (2), o procedimento foi repetido e novamente o estabelecimento estava fechado.

A Secretaria de Saúde do Paraná orienta as pacientes que colocaram próteses PIP para que procurem seus médicos e realizem a avaliação e o acompanhamento mais adequado em caso de dúvidas. Além disso, as clínicas que compraram os produtos estão sendo rastreadas e identificadas para que procurem as pacientes que realizaram a cirurgia

O cancelamento do registro no Brasil está baseado nos resultados de testes divulgados por autoridades sanitárias francesas, indicando a presença de um tipo de silicone diferente do que havia sido autorizado para produção das próteses. De acordo com informações do governo francês, os testes indicaram comprometimento da resistência das próteses e que o silicone utilizado para preenchimento, diferente daquele que havia sido autorizado para uso em saúde, pode provocar irritação num eventual vazamento. Os mesmos testes laboratoriais descartaram risco de toxidade e câncer.

De acordo com dados da Anvisa, no Brasil, as próteses já estavam suspensas desde abril de 2010. Ao todo o país importou 34.631 unidades, das quais 24.534 foram comercializadas. As outras 10.097 próteses serão recolhidas para que seja dada uma destinação final ao produto.

A empresa francesa Poly Implants Protheses (PIP) foi fechada em 2010.

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