25/07/2013 -- 00h00
Agricultura já sente impacto da geada
Técnicos ainda vão levantar os prejuízos com as baixas temperaturas, mas grãos e hortifrútis podem ter sido afetados
De acordo com dados preliminares da Seab, 52% da área de 941 mil hectares de trigo estão suscetíveis a perdas por estarem em fase de floração ou frutificação
Curitiba - O frio intenso e as geadas que atingiram o Estado todo já começam a trazer perdas para os agricultores paranaenses. De acordo com dados preliminares do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab), 52% da área de 941 mil hectares de trigo estão suscetíveis a perdas por estarem em fase de floração ou frutificação principalmente nas regiões Centro-Sul, Norte e Oeste do Estado. A previsão inicial era de uma produção de 2,67 milhões de toneladas nesta cultura. Com isso, o preço da saca de 60 Kg já passou de R$ 41 para R$ 42 na última semana.
No milho, cerca de 25% a 30% da segunda safra estão suscetíveis a perdas. Segundo o economista e técnico do Deral, Marcelo Garrido, o café pode ter afetada a produção da próxima safra, mas ainda não há como fazer estimativas de perdas. Ele disse que ainda foram afetadas as pastagens, o que pode trazer aumento de preços no leite e no gado de corte. "O preço vai subir de qualquer maneira porque o produtor tem que suplantar a alimentação dos animais", disse. Ainda devem ocorrer perdas em hortaliças e frutas. De acordo com ele, a situação das hortaliças é menos preocupante porque em 40 ou 60 dias é possível ter uma nova produção destas culturas.
"Ainda é muito cedo para falar em volume de prejuízos. Os técnicos estão indo a campo para fazer os levantamentos", afirmou. A previsão dele é que o primeiro relatório de perdas saia entre 5 e 6 de agosto.
E hoje, a situação do clima não deve melhorar. De acordo com a agrometeorologista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) de Londrina, Heverly Morais, a previsão era de geada novamente na madrugada desta quinta-feira em todo o Estado. A previsão era de geadas fortes no Centro-Sul, Oeste, Sudoeste e Campos Gerais e moderada no extremo Norte, Norte Pioneiro, Noroeste e Litoral.
Hoje as mínimas devem ser de 2ºC em Londrina, -1ºC em Guarapuava, 1ºC em Curitiba, -2ºC em Palmas e 2ºC em Maringá. Amanhã, as temperaturas começam a ter uma leve elevação e deverá ocorrer geadas apenas na região Sul do Estado. Ontem, a geada afetou o Estado todo e teve mínimas de -3,3ºC em Guarapuava e São Mateus do Sul, -2,3ºC em Palmas, -1,4ºC em Curitiba e 0,6ºC em Londrina. De acordo com o Simepar, ontem foram registradas temperaturas negativas em 27 cidades do Estado. A menor foi em Guarapuava -3,8ºC e a maior em Guaratuba com 4,5ºC.
Preços
Até ontem, os preços na Ceasa de Curitiba não tiveram alteração com as geadas. "Achávamos que hoje (ontem) os preços iam alterar bastante, mas não aconteceu porque os produtores que puderam colheram os produtos antes da geada", explicou o assessor da diretoria da Ceasa, Valério Borba. No entanto, ele prevê que hoje já ocorram impactos nos preços, principalmente, em folhosas.
O levantamento do Disque-Economia da Secretaria de Abastecimento de Curitiba, que pesquisa diariamente 300 produtos em 12 supemercados da Capital, já apontou algumas altas nos preços ontem na comparação com os valores praticados em 17 de julho, uma semana atrás. Foram observados aumentos no agrião (5,35%), couve-flor (3,79%), couve-manteiga (2,04%) e repolho (2,08%). O gerente de estatística e análise do Disque Economia, Francelino Vieira de Jesus, acredita que a partir de hoje os impactos nos preços sejam maiores.
Mais informações sobre o "Alerta Geada" do Iapar podem ser obtidas em www.iapar.br ou (43) 3391-4500.
No milho, cerca de 25% a 30% da segunda safra estão suscetíveis a perdas. Segundo o economista e técnico do Deral, Marcelo Garrido, o café pode ter afetada a produção da próxima safra, mas ainda não há como fazer estimativas de perdas. Ele disse que ainda foram afetadas as pastagens, o que pode trazer aumento de preços no leite e no gado de corte. "O preço vai subir de qualquer maneira porque o produtor tem que suplantar a alimentação dos animais", disse. Ainda devem ocorrer perdas em hortaliças e frutas. De acordo com ele, a situação das hortaliças é menos preocupante porque em 40 ou 60 dias é possível ter uma nova produção destas culturas.
"Ainda é muito cedo para falar em volume de prejuízos. Os técnicos estão indo a campo para fazer os levantamentos", afirmou. A previsão dele é que o primeiro relatório de perdas saia entre 5 e 6 de agosto.
E hoje, a situação do clima não deve melhorar. De acordo com a agrometeorologista do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) de Londrina, Heverly Morais, a previsão era de geada novamente na madrugada desta quinta-feira em todo o Estado. A previsão era de geadas fortes no Centro-Sul, Oeste, Sudoeste e Campos Gerais e moderada no extremo Norte, Norte Pioneiro, Noroeste e Litoral.
Hoje as mínimas devem ser de 2ºC em Londrina, -1ºC em Guarapuava, 1ºC em Curitiba, -2ºC em Palmas e 2ºC em Maringá. Amanhã, as temperaturas começam a ter uma leve elevação e deverá ocorrer geadas apenas na região Sul do Estado. Ontem, a geada afetou o Estado todo e teve mínimas de -3,3ºC em Guarapuava e São Mateus do Sul, -2,3ºC em Palmas, -1,4ºC em Curitiba e 0,6ºC em Londrina. De acordo com o Simepar, ontem foram registradas temperaturas negativas em 27 cidades do Estado. A menor foi em Guarapuava -3,8ºC e a maior em Guaratuba com 4,5ºC.
Preços
Até ontem, os preços na Ceasa de Curitiba não tiveram alteração com as geadas. "Achávamos que hoje (ontem) os preços iam alterar bastante, mas não aconteceu porque os produtores que puderam colheram os produtos antes da geada", explicou o assessor da diretoria da Ceasa, Valério Borba. No entanto, ele prevê que hoje já ocorram impactos nos preços, principalmente, em folhosas.
O levantamento do Disque-Economia da Secretaria de Abastecimento de Curitiba, que pesquisa diariamente 300 produtos em 12 supemercados da Capital, já apontou algumas altas nos preços ontem na comparação com os valores praticados em 17 de julho, uma semana atrás. Foram observados aumentos no agrião (5,35%), couve-flor (3,79%), couve-manteiga (2,04%) e repolho (2,08%). O gerente de estatística e análise do Disque Economia, Francelino Vieira de Jesus, acredita que a partir de hoje os impactos nos preços sejam maiores.
Mais informações sobre o "Alerta Geada" do Iapar podem ser obtidas em www.iapar.br ou (43) 3391-4500.
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