Cerca de cem proprietários de veículos tiveram um grande aborrecimento no sábado em um dos estacionamentos autorizados pela Sociedade Rural do Paraná no entorno da ExpoLondrina.
Quem deixou seu veículo estacionado no pátio de uma empresa de recapagens localizada na Avenida Tiradentes, vizinho ao Buffet Planalto, onde funciona um estacionamento operado pela World Parking Administradora de Estacionamentos (como foi o caso deste blogueiro) sentiu logo de cara a falta de preparo e de educação do gerente do local, que ficou na entrada e fez as cobranças. O funcionário, de nome Alexandre, não permitiu que os veículos que chegaram mais cedo ficassem na frente do terreno, mais próximo à rodovia, como seria o lógico. Alegando que "precisava organizar o pátio", obrigou (usando de força verbal, inclusive) todos a deixar os veículos no fundo do terreno. Até aí nada mais que um péssimo atendimento por parte da empresa, ou de seu preposto, que cobrou R$20,00 (vinte reais) por veículo para ceder espaço para que cada um estacionasse. No meu caso, cheguei ao local às 19h29 e não havia no pátio mais que doze veículos, seis deles na frente do terreno onde tentei colocar também minha viatura e fui impedido pelo Alexandre que alegou que o espaço da frente era reservado para "credenciados que pagaram antecipado". O curioso é que não havia qualquer identificação diferente nos veículos. Mais tarde fiquei sabendo que ele (Alexandre) havia impedido diversos outros motoristas de colocar seus carros na frente do pátio e obrigou todos a estacionar no fundo do terreno.
Pior que isso, foi a surpresa, por volta de 23h50 (vinte três horas e cinquenta minutos) quando chegamos ao estacionamento para pegar o carro e ir embora e nos deparamos com mais de quarenta motoristas que tinham seus carros presos no estacionamento, fechados por veículos que chegaram depois e foram sendo colocados irresponsavelmente pelo Alexandre e outros funcionários no miolo do terreno, sem deixar nenhum corredor de acesso aos veículos que chegaram mais cedo e estavam nos fundos do local. A grande maioria destes veículos que estavam trancando o local, era de gente que tinha chegado mais tarde e ido para o show da Exposição, e que talvez saíssem do Parque Ney Braga apenas de madrugada.
Quando cheguei ao local já havia gente esperando há mais de duas horas para tirar seu veículo, sem que o tal Alexandre ou qualquer pessoa da World Parking Administradora de Estacionamentos desse qualquer solução. Aliás, nesta hora, o tal Alexandre, tão verborrágico no início da noite, dizia que el era "apenas o cobrador" e não tinha nenhuma responsabilidade pela trapalhada, e, de repente, sumiu do local, deixando a "batata quente" por ele armada para uma moça educada e nervosa ficar explicando para os motoristas irados que eles e suas famílias não tinham como ir embora para casa, por conta da incompetência da empresa. Havia gente com crianças, com pessoas idosas na família e houve diversos casos de gente que chamou taxi para levar a família embora e abandonou o carro no local, o que só agravou a situação.
Por volta das 24h00 chegou ao local o advogado da empresa, Sidney Francisco Gazola Jr., que limitou-se a ouvir impropérios de muitos motoristas e dizer que o "código do consumidor previa a devolução do dinheiro" e anotou nomes e placas de carros de motoristas prejudicados, distribuiu seu cartão pessoal, mas também não conseguiu dar solução alguma para o caso. O curioso é que nenhum dos três proprietários da empresa, que foram avisados do problema pelo tal "Alexandre", apareceram no local para dar satisfações.
Na sequência, por iniciativa dos próprios motoristas, foram arrastados alguns veiculos puxados pela traseira e com isso abriu-se um estreito "corredor" que permitiu que outros carros (inclusive o meu) pudessem ser retirados do local.
Em tempo: a polícia militar foi contatada por um dos motoristas e alegou que não poderia intervir no assunto, pois "tratava-se de um terreno particular". O atendente disse, por telefone, que a polícia só iria até o local se "houvesse confusão, briga ou quebra-quebra".
Saliento também que a empresa de recapagens, proprietária do pátio certamente não tem nada a ver com a infeliz situação, pois alugou seu espaço de boa fé para a World Parking.
Esta administradora, por sua vez, mostrou grande despreparo e total incompetência em gerir um reles estacionamento de exposição. Fico a imaginar como deve ser a administração de outros espaços da empresa... O advogado Sidney Gazola Jr. me afirmou que o problema tinha sido originado por conta "da mão-de-obra era terceirizada". Como bom advogado que certamente ele é, está careca de saber que isso não é desculpa, pois quem coloca alguém terceirizado no local para agir em seu nome, por ele (terceirizado) tem total responsabilidade. Ou será que a ganância da empresa em faturar no maior evento da região foi tamanha que colocou um grupo de incapazes e despreparados para gerir um espaço em seu nome?
Por outro lado, não sei dizer se a direção da Sociedade Rural do Paraná, organizadora da Expo Londrina foi comunicada em tempo real da infeliz situação. Só posso afirmar que, enquanto estive no local, ninguém da SRP apareceu para dar alguma satisfação a mais de 40 famílias que tinham acabado de deixar parte de sua renda mensal no Parque Ney Braga, e estavam se sentindo humilhados por tamanha falta de responsabilidade e desorganização. Aliás, a logomarca da SRP estava estampada nos jalecos amarelos dos funcionários que trabalhavam no local, o que leva a crer que a Sociedade Rural do Paraná tem vínculo com a World Parking.
O pior de tudo foi a total falta de suporte e acompanhamento da empresa, da Rural e das autoridades, que não deram qualquer solução para o problema, e, para falar a verdade, nem deram as caras no local para orientar os usuários de como proceder. Os motoristas ficaram totalmente desamparados e abandonados à própria sorte. Isto é inadmissível em um evento do porte da Exposição de Londrina.
Em minha modesta opinião a SRP tem que vir a público pedir desculpas pelo incidente e descredenciar imediatamente a World Parking do rol das empresas que prestam serviço durante a Exposição de Londrina e não permitir que ela retorne em outros eventos da SRP pelos próximos dez anos, tempo mínimo para que ela aprenda a contratar gente educada e competente na gestão de um simples estacionamento de pátio.
Quanto à World Parking, bem, no mínimo ela deveria devolver o dinheiro dos motoristas, pedir desculpas publicamente pela imprensa e demitir imediatamente todos os responsáveis pela situação.
Conselho de amigo: caso precise estacionar, não use os serviços da World Parking.
Acompanhe abaixo as fotos da trapalhada.
Funcionários assustados explicavam aos motoristas que seus carros estavam 'presos' e não podiam sair. Nenhum dos dois é o mal-educado Alexandre. |
Corredor estreito não possibilitava a retirada dos autos. Os proprietários custavam a acreditar em tamanha trapalhada. |
Menos de dois metros de distância entre veículos, onde deveria haver um corredor de passagem. O Chapolim Colorado fez 'bico' de 'organizador de pátio' para a empresa? |
este foi um fato,,,,
ResponderExcluiroutro é o trabalho da policia rodoviaria estadual na PR 445...
ou seja, a fauta de trabalho
sera que precisava de faser aquela guarita la na esquina com a rua londrina...
veja materia no blog; carlinho do ana eliza !
Luiz Cesar, matou a cobra e mostrou o pau, fotografando tudo.
ResponderExcluirSó um detalhe:Por se tratar de estacionamento pago, a polícia poderia sim, intervir, assim como ela também pode intervir em estacionamentos de shopings centers ou hipermercados. Só que iria piorar mais ainda, pois poderiam guinchar os veículos mal estacionados. Uma noite para esquecer, igual a que tive preso no congestionamento da BR 369, quando tombou a carreta de óleo. Os "normais" sempre pagam pelos imbecis.
Um abraço.
um fato bem lembrado, em PIT STOP . no dia que a carreta tombou, tambem a policia não fez nada no transito....
ResponderExcluirAfinal quem deve ajudar no transito ? ? ?
ou sera que policia é só pra multar....