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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

A maioria relativa

Primeiramente tenho que me declarar suspeito. Sou partidário de um dos lados e não posso pretender fazer uma análise imparcial ou independente, termo muito usado ultimamente.
Mas, ainda assim, uma conta não me sai da cabeça.
O país tem 135,80 milhões de eleitores. Não foram votar ontem, em todo o país, 29,19 milhões de eleitores (21,4% do eleitorado). Foram votar, mas votaram em branco, 2,45 milhões (2,3%) e anularam seu voto 4,68 milhões (4,4%). Somados, ausentes e os que votaram em branco ou anularam, somam 36,32 milhões de eleitores (28,1% do eleitorado nacional).
Foram votar, 106,60 milhões de eleitores (78,5%) e 99,46 milhões (93,3% dos que compareceram) votaram de foram válida (em branco, Serra e Dilma).
Dilma Rousseff recebeu 55,75 milhões de votos (56,05% dos válidos) e elegeu-se legitimamente a nova presidente do país.
Serra teve o voto de 43,71 milhões de brasileiros (43,95% dos válidos).
Ao somarmos os eleitores que não foram votar (29,19 milhões), com os que votaram em branco (2,45 milhões) e os que anularam o voto (4,68 milhões), teremos 36,32 milhões de eleitores, ou 26,74% do eleitorado nacional, ou pouco mais de um quarto dos eleitores aptos a votar.
A conta fica interessante quando adicionamos a este total, os votos de José Serra (43,71 milhões) e chegamos a 80,03 milhões de eleitores brasileiros que não votaram em Dilma Roussef, contra 55,75 milhões que votaram e deram a ela a vitória.
Em outras palavras, 58,93% do eleitorado brasileiro não votou na candidata Dilma Rousseff que venceu o pleito com 55,75 milhões de votos (41,05% do eleitorado).
Evidente que o processo democrático é decidido pela maioria daqueles que se dispõe a participar ativamente do processo, escolhendo um entre os candidatos ofertados pelos partidos políticos, e, no segundo turno, entre os dois postulantes.
Aqueles que não comparecem para votar, em que pese a obrigatoriedade do voto, delegam aos demais o papel de escolha que não quiseram (ou não puderam) exercer.
Não quero com esta análise tentar tirar os méritos de Dilma Rousseff, do seu mentor e principal cabo-eleitora, Lula, ou da militância do PT e partidos aliados. Todos, Lula à frente, souberam falar a língua do povo e convencer (ainda que com o uso ostensivo da máquina federal e com a conivência da justiça eleitoral) a maioria daqueles que se dispuseram a votar em escolher a candidata que prega a continuidade do governo Lula.
Mas, é inquietante saber que tanta gente absteve-se de participar e que a maioria esmagadora do eleitorado (quase 59%) não escolheu a candidata vencedora.
Que a voz das urnas e daqueles que preferiram ficar distantes delas, sejam analisadas por todos, vencedores e derrotados, governo e oposição, no sentido de contribuir para o aprimoramento de nossa jovem democracia.




2 comentários:

  1. Caro blogueiro, não vi uma "análise" sua à respeito da eleição para governador no Paraná, em Minas ou em São Paulo....Essa sua análise é seletiva? Abraço.Anderson!

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  2. Cuidado para que o processo, nao inverta a sua factualidade, ou ja invertidos em alguns Estados, tanto do PSDB, PSB, PDT, PMDB e tantos outros, a democracia é assim, jogo de poderosos onde as ideologias mais atraente vence. Abraços

    Aminadabe

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