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domingo, 11 de abril de 2010

A mesa da AL precisa renunciar

Atônita, a sociedade paranaense acompanha o desenrolar das denúncias feitas pelo jornal Gazeta do Povo e pela RPCTV contra a Assembléia Legislativa do Paraná.
Diariamente novas denúncias são feitas contra o deputado Nelson Justus e membros da mesa diretora e também contra deputados, funcionários que ocupavam cargos de chefia e membros da mesa diretora anterior.
Não é necessário falar sobre cada uma das denúncias, mas vale ressaltar, que, beirando o grotesco, a AL nomeou e pagou até mesmo um funcionário morto durante anos.
É imprescindível passar a AL a limpo e preservar a instituição que deveria ser um pilar do sistema democrático no Estado. Este é também o discurso de alguns poucos deputados que se aventuram a emitir opinião neste momento. A maioria dos 54 representantes da sociedade paranaense tem se omitido em um verdadeiro ‘silêncio sepulcral’ que pode ser entendido como uma velada tentativa de ‘preservar a corporação’ ou os ‘amigos’, como dizem alguns.
Para todos nós, paranaenses, é necessário que a AL seja depurada e ‘realmente passada a limpo’. Isto só será possível primeiramente com uma renúncia coletiva de toda a atual mesa diretora. Não basta a saída de Nelson Justus da presidência da AL, fato que acredito ser um grande consenso na sociedade, embora o próprio presidente resista à renúncia. É realmente necessário que toda a mesa seja destituída e uma nova administração seja eleita no Legislativo. Somente um novo presidente, comprometido com a sociedade e não com o histórico ‘esquema sórdido’ que vigora na AL, poderá ter a isenção necessária para permitir que as investigações do MP e da PF sejam aprofundadas para encontrar os culpados e também os inocentes. Aos primeiros, a lei e seu rigor, como forma de exemplo para o futuro. Para os inocentes, o reconhecimento popular de sua condição.
Caso não haja da AL uma ação concreta, imediata, eficaz e com credibilidade no sentido de investigar ‘todos os esquemas criminosos’ ou mesmo os ‘pequenos desvios’ que vigoram dentro da Casa, e, ao mesmo tempo, punir exemplarmente seus criadores e operadores, sem exceções, o voto popular certamente vai ‘punir todos os deputados’ que busquem a reeleição em outubro próximo, o que, a bem da verdade pode ser até injusto.
O recado das ruas é claro: ou a mesa diretora renuncia e uma nova permite a investigação de tudo o que está em desconformidade com a lei, inclusive com a punição de culpados, ou o índice de reeleição de deputados, inocentes ou culpados, deve ser bem pequeno.

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