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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Vereadora Alzira da Farmácia não permite votação de Leis que vão beneficiar toda a cidade

Do jornal CAMBÉ DE FATO:

Assista o vídeo da sessão em http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=ZQv3oURRz0c

Vereadora Alzira da Farmácia

Os poucos minutos de duração da última sessão ordinária da Câmara Municipal de Cambé, que foi realizada na segunda-feira (17) foram marcados por muita discussão e polêmica. A sessão foi presidida pela vereadora e vice-presidente do Legislativo, Alzira Guedes de Oliveira (DEM), já que o presidente da Câmara, Conrado Scheller (DEM) estava em viagem à capital paranaense. A polêmica começou quando os vereadores Paulo Tardiole e Mário Aparecido dos Santos levantaram a questão de ordem, solicitando que a presidente consultasse o plenário para que fosse decidido se entraria ou não em votação os projetos do Executivo Municipal 54/2011 e 55/2011 que pedem autorização legislativa para que a Prefeitura possa contrair empréstimos junto à Agencia de Fomento do Paraná. Os empréstimos, de cerca de R$ 10 milhões, serão usados na recuperação asfáltica (R$ 7 milhões), compra máquinas e caminhões (R$ 2 milhões) e construção de um parque municipal no fundo de vale do Jardim Ana Elisa 3 (R$ 1 milhão). Os empréstimos, comuns em toda administração, serão feitos com aporte financeiro do BRDE e do BNDES. Entre os equipamentos previstos para compra, estão quatro caminhões caçamba, um caminhão para a coleta de lixo, uma pá-carregadeira, uma retro-escavadeira e um rolo compressor. Vale lembrar que há mais de 20 anos a Prefeitura de Cambé não investe na compra deste tipo de equipamento, que são fundamentais para auxiliar no trabalho diário de infraestrutura da cidade

Sem discussão - Na condução dos trabalhos, a vereadora Alzira da Farmácia não quis consultar o plenário, o que causou indignação e revolta em parte dos vereadores. Um dos que mais se exaltou foi o vereador Paulo Tardiolle (PTB). “Ela não tem nem conhecimento dos projetos mesmo eles estando há mais de dois meses na Câmara”, afirmou Tardiolle. O vereador do PSDB, Júnior Felix, posteriormente à decisão da presidente pediu então que a sessão fosse suspensa por cinco minutos para que o jurídico da casa fosse consultado e apresentasse então um parecer a respeito da discussão. Para surpresa de todos Alzira decidiu por encerrar a sessão em meio a muita discussão e protesto dos demais vereadores.

Para tomar a decisão de não colocar em votação os projetos, a vereadora alegou que os mesmos não tinham, ainda, passado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ). No entanto, segundo os vereadores Júnior Felix e Paulo Tardiolle, os projetos estão na casa há mais de dois meses. “Com essa atitude a vereadora negou o debate, rasgou a democracia na casa”, disparou Júnior Félix. O vereador ainda destacou que durante os anos em que acompanha os trabalhos do legislativo, mesmo antes de se eleger para o cargo, nunca havia presenciado tamanha falta de respeito e abuso de poder por parte de um presidente da Câmara.

O que causa espanto nos demais vereadores é o fato de a vereadora Alzira Guedes de Oliveira também representar a população do Jardim Ana Eliza 3 e, no entanto, se negar a colocar em votação um projeto que visa beneficiar o fundo de vale do bairro, que há muito tempo é reivindicado pela comunidade local. “O vereador é o termômetro da população, está mais próximo da administração e por isso tem que trabalhar em sintonia com o poder executivo”, lembra Tardiolle. Além de a vereadora não permitir que se colocasse em votação os projetos 54/2011 e 55/2011, o encerramento inesperado da sessão prejudicou a votação de outros projetos que estavam na ordem do dia. “A vereadora não respeitou os demais colegas da casa e também faltou com o respeito à população da nossa cidade, que são os maiores interessados em receber melhorias em todo o Município”, aponta Júnior Felix. Os vereadores Osvaldo do Ana Rosa e Ivani da Unidefi também se manifestaram favoráveis à discussão da votação dos projetos.

Nossa reportagem procurou a vereadora Alzira da Farmácia, mas seu telefone celular estava desligado e ela não foi encontrada nos demais telefones fixos. A assessoria da vereadora na Câmara informou que Alzira estava em viagem e não poderia falar com nossa reportagem antes do fechamento desta edição.

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