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terça-feira, 22 de junho de 2010

Esnucaram Osmar


As conversações em Brasilia sobre a eleição do futuro governador do Paraná não tem ainda um ponto final e nem motivos para ninguém sorrir.
O PT ainda não conseguiu convencer Osmar Dias a ser candidato ao governo sem ter Gleisi Hoffmann como sua vice. O partido do presidente Lula não abre mão da candidatura de Gleisi ao Senado e quer empurrar Osmar para ser um cabeça de chapa solitário, com um deputado do PMDB, possivelmente o federal Rodrigo Rocha Loures como candidato a vice-governador.
Falando em vice, o ex-vice de Requião e atual governador Orlando Pessuti já não é empecilho para a consolidação da 'tríplice aliança' (PDT, PT e PMDB). Ele já abriu mão de sua candidatura em favor de Osmar Dias, pressionado por seu partido e pelo interesse pessoal de Requião, que não quer Osmar como adversário na corrida por uma das duas vagas ao Senado.
Por outro lado, o diretório nacional do PDT proibiu Osmar de coligar com o PSDB, para não consolidar o palanque de José Serra no estado e deixa para o senador paranaense apenas duas opções neste pleito: ser candidato ao governo, sem ter Gleisi de vice, mas com o apoio do PMDB e PT no estado e com a missão de construir um palanque forte para Dilma Roussef; ou, ser candidato ao Senado em uma candidatura solitária, sem poder apoiar Beto Richa e sem nenhuma vantagem, já que Gleisi Hoffmann e Roberto Requião também são candidatos ao mesmo cargo, além de Ricardo Barros (PP) e mais um do PSDB, possivelmente Flávio Arns.
De todos, apenas dois terão um mandato de oito anos em Brasília. Neste quadro seriam três candidatos fortes (Requião, Osmar e Gleisi) e, no mínimo, um já estaria fora, podendo até, se houver alguma surpresa, sobrar para dois deles o bilhete azul de volta para casa.
Resumindo a ópera: esnucaram Osmar Dias. Se for candidato ao governo, sem Gleisi de vice, teme ser abandonado no meio da campanha, por que, imagina, o PT pode priorizar as campanhas de Dilma e Gleisi. Nesse caso, a candidatura de Osmar ao governo seria apenas um bom motivo para 'garantir' a eleição de Gleisi e Requião para o Senado e um bom palanque para Dilma no Paraná.
Se Osmar sai candidato ao Senado, vai encarar dois fortes adversários (Gleisi e Requião) e um dos três já está, de antemão, derrotado.
Vamos acompanhar para saber qual será a escolha 'menos ruim' de Osmar Dias, que aliás, na minha modesta opinião está nesta 'sinuca' exatamente por não ter decidido antes o seu futuro. Ou, como dizia meu pai: quem não escolhe é escolhido.

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